Lançado na Web no último dia 14/12, o clipe é uma síntese de algumas de nossas angustias, dúvidas e reflexões no período mais incógnito da política nacional atualmente.
Buia Kalunga é músico, arte educador e membro do Kilombagem , morador de Santo André, costuma trazer em suas letras uma pedrada forte questionando o sistema capitalista e suas formas de opressão, e aqui não foi diferente, “Pra Onde Vamos?” é quase um retrospecto dos acontecimentos políticos de 2016.
Buia Kalunga
Em seu novo clipe “Pra Onde Vamos?”, nos deparamos com um cenário de guerrilha urbana, bem verossímil no que diz respeito à criminalização e perseguição sistemática aos militantes e movimentos sociais nos últimos anos, destacando-se palavras que estão na ordem do dia como a campanha pela libertação de Rafael Braga, preso no tocante as manifestações de Junho de 2013. Há uma mescla de ficção e realidade.
O clipe de tem produção coletiva e foi feito a baixo custo com a ajuda de amigos e familiares. É dirigido por Raoni Gruber e Gleice Neves. A música foi produzida por Buia e Dj Crick (Studio Kasa), e tem como base a canção do saudoso sambista mangueirense Cartola, “Preciso Me Encontrar”.
Quero destacar algo que considerei bem otimista e poético no clipe, a participação especial do Sr. Alexandre, o avô de Buia, um primo legítimo de Maria Bonita, que interpreta um cangaceiro pronto pro que der e vier, num recado fundamental, em tempos de derrotas para a classe trabalhadora (como a aprovação da PEC 55 semana passada), de que só há uma resposta possível pra pergunta “Pra Onde Vamos?”: PRA LUTA!
Parabéns pelo trabalho camarada, seguimos juntos, a kilombagem continua!
“Explica porque das Dores não passa da cozinha da madame e diz: Hei filho como Deus é bom, põe na rádio globo, chora junto o coração… são só resíduos do ódio que restam no organismo”
Nossa história: resistência e existência viva que marcou o mundo. Dominguinhos, junto a Gonzagão é ancestralidade, modernidade e tradição. Que as gerações da calça larga e da bombeta não desconsiderem os que vieram antes… Não daremos um passo na caminhada da história sem se apropriar de seu legado…
Aos 72 anos, músico Dominguinhos morre em São Paulo
Músico, que lutava há mais de seis anos contra um câncer de pulmão, estava internado desde o dia 13 de janeiro na capital paulista
Músico nordestino estava internado no Sírio-Libanês desde o dia 13 de janeiro deste anoFoto: TV Globo / Divulgação
Morreu, nesta terça-feira (23), no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o cantor, instrumentista e compositor José Domingo de Morais, o Dominguinhos, aos 72 anos. O músico lutava há mais de seis anos contra um câncer de pulmão e desde dezembro estava internado com pneumonia e arritmia cardíaca.
Segundo o boletim médico divulgado pelo hospital paulista, Dominguinhos morreu às 18h, em decorrência de complicações infecciosas e cardíacas. Além do problema pulmonar, o músico era diabético.
O velório será realizado em São Paulo, enquanto o enterro ocorrerá no Recife. Ainda não foram confirmados os locais dos trabalhos.
Dominguinhos foi internado em estado grave no CTI (Centro de Terapia Intensiva) do Hospital Santa Joana, no Recife, no dia 17 de dezembro do ano passado. Pouco menos de um mês depois, em 13 de janeiro, ele foi transferido para o Sírio-Libanês, em São Paulo, a pedido de familiares.
Na época da internação na capital paulista, o tratamento era avaliado de forma positiva, já que ele respondia de forma satisfatória a ele. No dia 9 de julho, no entanto, Dominguinhos piorou e precisou ser transferido às pressas para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital. O estado já era avaliado como grave pelos médicos.
Morre Dominguinhos aos 72 anos; lembre trajetria
Os problemas de saúde já eram sentidos por Dominguinhos muito antes da internação no final do ano passado. Em outra ocasião, em agosto de 2011, o músico cancelou uma série de shows também por conta de seu estado de saúde. Na ocasião, o motivo foi uma falta de ar, consequência de um problema no coração que o obrigou a ser submetido a um cateterismo e a uma angioplastia.
Carreira
José Domingos de Morais, mais conhecido como Dominguinhos, nasceu em Garanhus, no dia 12 de fevereiro de 1941. Instrumentista, cantor e compositor, ele começou a carreira no trio de irmãos Os Três Pinguins, quando tinha sete anos. Em uma das apresentações, o grupo tocou para Luiz Gonzaga, que encantado com a habilidade do menino resolveu apadrinhá-lo. Em 1954, foi para o Rio de Janeiro tentar construir sua carreira.
Na capital fluminense, ganhou uma sanfona de Gonzagão e formou com Miudinho e Borborema o Trio Nordestino. Em 1957, se casou com sua primeira mulher, Janete, com quem teve dois filhos – Mauro e Madeleine.
Dez anos depois, em1967, Pedro Sertanejo levou o rapaz para gravar discos de forró como solista. Um ano depois, ele conheceu em uma turnê a cantora Lucinete Ferreira, mais conhecida como Anastácia, que viria a se tornar sua segunda mulher, além de parceira musical em mais de duas centenas de canções de sucesso, como Eu Só Quero Um Xodó, Tenho Sede, Saudade Matadeira e Forró em Petrolina.
No pós-tropicalismo, firmou parcerias com Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Bethânia. Durante o período, conheceu e se casou com Guadalupe, sua segunda mulher. Com Chico Buarque escreveu Tantas Palavras e Xote da Navegação. Apesar de tantos nomes já famosos, foi com Nando Cordel que fez uma de suas canções mais famosas: De Volta pro Aconchego, que viria a se popularizar na voz de Elba Ramalho.
Na década de 1970, conheceu em um show de Nara Leão a dançarina Guadalupe Mendonça, que se tornaria sua terceira e última mulher. O casal teve uma filha, a cantora Liv Moraes.
Em 2002, Dominguinhos se consagrou como vencedor do Grammy Latino, com o álbum Chegando de Mansinho. Quatro anos depois, levou o Prêmio Tim como Melhor Cantor Regional. Em 2010, ganhou o Prêmio Shell de Música. O último álbum do cantor, Yamandu + Dominguinhos, foi lançado em 2008.
Aos 72 anos, morreu nesta terça-feira (23), o músico Dominguinhos, veja fotos da vida e carreira do compositor brasileiro
Foto: AgNews
Discografia
1964 – Fim de Festa
1965 – Cheinho de Molho
1966 – 13 de Dezembro
1973 – Lamento de Caboclo
1973 – Tudo Azul
1973 – Festa no Sertão
1974 – Dominguinhos e Seu Acordeon
1975 – Forró de Dominguinhos
1976 – Domingo, Menino Dominguinhos
1977 – Oi, Lá Vou Eu
1978 – Oxente Dominguinhos
1979 – Após Tá Certo
1980 – Quem me Levará Sou Eu
1981 – Querubim
1982 – A Maravilhosa Música Brasileira
1982 – Simplicidade
1982 – Dominguinhos e Sua Sanfona
1983 – Festejo e Alegria
1985 – Isso Aqui Tá Bom Demais
1986 – Gostoso Demais
1987 – Seu Domingos
1988 – É Isso Aí! Simples Como a Vida
1989 – Veredas Nordestinas
1990 – Aqui Tá Ficando Bom
1991 – Dominguinhos é Brasil
1992 – Garanhuns
1993 – O Trinado do Trovão
1994 – Choro Chorado
1994 – Nas Quebradas do Sertão
1995 – Dominguinhos é Tradição
1996 – Pé de Poeira
1997 – Dominguinhos & Convidados Cantam Luiz Gonzaga
1998 – Nas Costas do Brasil
1999 – Você Vai Ver o Que é Bom
2001 – Dominguinhos Ao Vivo
2001 – Lembrando de Você
2002 – Chegando de Mansinho
2004 – Cada un Belisca un Pouco
2005 – Elba Ramalho & Dominguinhos
2006 – Conterrâneos
2007 – Canteiro
2008 – Yamandu + Dominguinhos
Ba Kimbuta, que recentemente lançou seu primeiro álbum solo ”Universo Preto Paralelo”, apresenta a música ”’Quadro Torto” no programa Manos e Minas da Tv Cultura.
Confira!
Voce pode baixar o cd e ouvir as demais musicas do Ba Kimbuta
Da extração e produção até a venda, consumo e descarte, todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos.
História das Coisas é um documentário de 20 minutos, direto, passo a passo, baseado nos subterrâneos de nossos padrões de consumo.
História das Coisas revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo.
História das Coisas nos ensina muita coisa, nos faz rir, e pode mudar para sempre a forma como vemos os produtos que consumimos em nossas vidas.
Entrevista realizada no verão de Julho de 2011 em Urbino, Itália.
Losurdo não é mais um divulgador do marxismo entre muitos. É um criador. Tal como os materialistas gregos, não desconhece que o objectivo supremo do homem na aventura da vida é a procura da felicidade possível. E sabe também que em poucas épocas terá sido tão difícil como hoje perseguir essa meta. Não é de estranhar que o filósofo, nessa ânsia de compreender para ensinar, tenha escrito sobre autores tão diferentes como Nietzsche, Hegel, Marx e Lénine. Mas Domenico tem os pés bem fincados na terra. A teoria e a prática são para ele complementares. Consciente dessa interacção, o historiador está, como intelectual revolucionário, permanentemente envolvido na solidariedade com as grandes causas da humanidade e na luta dos povos contra o imperialismo. Os seus artigos correm mundo na crítica às guerras de agressão imperiais contra os povos da Palestina, do Iraque, do Afeganistão, da Líbia e outros, na denúncia da participação do golpe dos EUA nas Honduras, na solidariedade com as FARC colombianas e com o povo iraniano. É reconfortante que neste mundo em crise de civilização haja pensadores revolucionários como Domenico Losurdo. Vai completar 70 anos e preparam-lhe merecidas homenagens em diferentes países. (fonte: Miguel Urbano Rodrigues)
Saiba mais sobre um dos Papas do irracionalismo pós-moderno e os seus vínculos com o Nazismo. Sua teoria, que influenciou diversos pensadores atualmente em voga, está intimamente interligada com a negação filosófica da emancipação humana.
Sequência da famosa série da BBC – Human, All Too Human – sobre filosofia. Este programa enfoca os aspectos biográficos do filósofo alemão Martin Heidegger: seu caso amoroso com Hannah Arendt, seu envolvimento com o Nazismo, e sua reabilitação como eminente filósofo depois da Segunda Grande Guerra.
A Sombra de Heidegger – Por José Pablo Feinmann,
“Com base em Nietzsche, Heidegger nos dizia que a vontade é luta e que ela, para conservar-se, tinha que crescer sem jamais fazer cessar essa luta. O destino vital da vontade é crescer. Para ela, crescer não é conservar-se – é abominar conservar-se. Crescer é conquistar e dominar, é apoderar-se do espaço vital que ela, a vontade, requer para sua expansão. Conservação e crescimento definem a vontade de poder. Que, em sua infinita força vital, sabe que só crescendo poderá conservar-se. Como se cresce? Lutando. Somente pela luta se conquista o espaço que a vontade exige, o espaço vital. Donde a palavra luta soar poderosa naquele auditório febril. Soar nietzscheana Como apenas Heidegger conseguiria fazer Niestzsche soar. Solar luta, conquista, expansão, guerra.
Chegou o final. Para aquele momento, Heidegger nos reservava uma surpresa erudita, mas feroz. Talvez poucos a tenham compreendido – em toda sua profundidade – ali mesmo. Soou igualmente gloriosa. Soou luta, guerra. “Queremos”, disse, “que nosso povo cumpra sua missão histórica. Queremos ser nós mesmos. Pois a força jovem e nova do povo, a qual já nos perpçassa, assim decidiu. No entanto, só compreenderemos plenamente o esplendor e a grandeza dessa arrancada quando tornarmos nossa a grande e profunda reflexão com que a velha sabedoria grega soube dizer que…” Deteve-se O silêncio ribombava, ensurdecia. […] Todos esperávamos algo grande, desmesurado. […] Heidegger disse: “Tudo o que é grande está em meio à tempestade”. Percebi. Muitos perceberam. Era uma frase de Platão. Aliás, da República. Mas a palavra tempestade não era platônica. Não era sequer grega. Era a palavra que a SA escolhera para nome. Por que Heidegger disse Sturm? Platão, eu fui conferir naquela mesma noite, dizia perigo. Dizia: “Tudo o que é grande está em perigo”. Ou “corre o risco de perecer”. Mas não tempestade. Sturm, filho, é palavra do romantismo e da SA. A Seção de Assalto recebeu esse nome desde seu primeiro combate de rua, em Munique, por volta de 1921 […]. Röhm e seus homens foram sempre, e sabidamente, a Sturmabteilung. Agora, com a palavra Sturm, Heidegger unira Platão às tropas de assalto de Röhm. Mais uma vez, o início nos dava a injunção da grandeza.Era Platão quem exigia que a SA fosse fiel à grandeza grega e à grandeza alemã, as quais ela agora deveria assumir e levar ao triunfo.
O início é ainda. Tudo o que é grande está em meio à tempestade.
Heidegger (assinalado) entre seus pares das SA
Entre vivas, entre gritos de guerra, de alegria e de entusiasmo, entre hinos e canções da SA, entre estandartes com suásticas agitados pelos ventos da tempestade (restava alguma dúvida disso?), entre braços erguidos que saudavam o Führer de Freiburg, entre ofensas aos comunistas, aos judeus, aos social-democratas, aos velhos professores que haveriam de ser expulsos, insultados, surrados, entre rugidos de Heil, Hitler! e, por fim, entre as palavras estrondosas, vociferantes, do hino da comunidade nacional, o genial autor de O ser o tempo, filósofo de nosso século, se retirou.”
José Pablo Feinmann, A Sombra de Heidegger
extraído do blog: http://caocamargo.blogspot.com.br/2011/11/o-perigo-das-palavras.html
Software livre, segundo a definição criada pela Free Software Foundation é qualquer programa de computador que pode ser usado, copiado, estudado, modificado e redistribuído com algumas restrições. A liberdade de tais diretrizes é central ao conceito, o qual se opõe ao conceito de software proprietário, mas não ao software que é vendido almejando lucro (software comercial). A maneira usual de distribuição de software livre é anexar a este uma licença de software livre, e tornar o código fonte do programa disponível.
Acima uma animação em massinha, uma excelente definição sobre Software Livre!
O pensamento de Frantz Fanon Ciclo de palestras: Líderes AfricanosCONE — São Paulo, 15 de junho de 2012
Deivison Nkosi Doutorando em Sociologia – UFSCAR, Professor de História da África e Grupo Kilombagem.
O pensamento de Frantz Fanon Ciclo de palestras: Líderes AfricanosCONE — São Paulo, 15 de junho de 2012
Deivison Nkosi Doutorando em Sociologia – UFSCAR, Professor de História da África e Grupo Kilombagem.