
José Evaristo Silvério Netto
Para a Educação, o debate sobre da liberdade é fundamental e sua promoção não se faz sem autonomia. Autonomia (vocábulos: auto – próprio; nomos – regra) é entendida como a capacidade de definir suas próprias regras sem a necessidade de imposição de alguém. A autonomia trabalha com a ideia de uma liberdade estruturada Em-Relação com a cultura e com o outro (os outros). Ainda, autonomia trás implícita uma liberdade relativa por um lado, e por outro a limitação, da relação com o mundo social. Desta forma, eu construo minha autonomia na medida que estruturo minha liberdade na e Em-Relação com a cultura e com os outros.

Em muitos artigos que li, principalmente aqueles balizados por teorias Sócio-Cognitivas, o entendimento é de que a liberdade é uma tendência inata do ser-humano que precisa se relacionar com limites para se estruturar Em-Relação, e daí se discute a função da autoridade para a educação e outras questões importantes. Orientado politica e filosoficamente por tendências críticas, me sinto comprometido com a pergunta: Que, define os limites para a estruturação da liberdade dos nossos alunos, na escola? Com que propósitos? Quem define os limites que balizam a estruturação da liberdade (e da autonomia) das pessoas nos territórios dos movimentos sociais? Com que propósitos? Estes limites são frutos de uma relação necessária com o meio natural e social, ou na verdade esconde em seu bojo interesses de exploração e conquista do Eu?

Penso que estes são elementos que podem nos dar subsídios para uma intervenção pedagógica crítica. Ainda, contribuem muito para melhor compreensão da lógica de apropriação privada do conhecimento e para o fortalecimento da Teoria Geral da Educação Social, a Pedagogia Social.